Medo
que um filho adoeça
que uma árvore não cresça
o céu desabe sobre a minha cabeça
Medo
que um filho adoeça
que uma árvore não cresça
o céu desabe sobre a minha cabeça
Medo
que meu homem não volte
que algum deus se revolte
a lua se canse e desapareça
Medo
que o tempo não baste
que a vida me falte
eu
que algum deus se revolte
a lua se canse e desapareça
Medo
que o tempo não baste
que a vida me falte
eu
des
aconteça...
aconteça...
ver reversos
ver-me avesso a conchas
sem mastros
arcabouços
ver-me solto
aprisionando versos
versos
Cães Desiderycus
o Dom de ver
é velho
e num transe
ver-me verme
a grama cravejando orvalhos
ver
é tão vermelho...
aquele rio bem podia ser o meu passado
o meu passado bem podia dar naquela nuvem
aquela nuvem bem podia ser
a minha sombra
a minha sombra
o meu passado bem podia dar naquela nuvem
aquela nuvem bem podia ser
a minha sombra
a minha sombra
bem podia dar
naquela árvore
aquela árvore
bem podia ser
a minha vida
a minha vida
bem podia dar
naquela fábula
aquela fábula
bem podia ser
a minha história
a minha história bem podia dar
naquela estrela
aquela estrela bem podia ser o meu destino...
naquela árvore
aquela árvore
bem podia ser
a minha vida
a minha vida
bem podia dar
naquela fábula
aquela fábula
bem podia ser
a minha história
a minha história bem podia dar
naquela estrela
aquela estrela bem podia ser o meu destino...
cada peça
no corpo do poema
quando se arma o jogo
é alfabeto de chamas
palavra escrita em fogo
significar
é aniquilamento
eu acredito
atributo divino
onde Tudo começa
o Nada Infinito
Neuza Pinheiro
Arapongas – PR (1949)
fico lendo meus próprios versos em voz alta, quando aparecem assim, de surpresa pelo espaço.E é puro contentamento. Fico muitíssimo grata, poeta.
ResponderExcluirabraço sincero.
neuza pinheiro
Gostei daqui.
ResponderExcluirBonito, bonito poema.
Flores.
me deixa feliz quando gostam dos meus versos, Vanessa.
ResponderExcluirParabéns Neuza. Belos poemas,
ResponderExcluirUma alma dedilhando sua lira,
Tocando outras almas com poesia,
Alimentando a solidão de quem
Também vai versejando na travessia.
Parabéns Neuza. Belos poemas,
ResponderExcluirUma alma dedilhando sua lira,
Tocando outras almas com poesia,
Alimentando a solidão de quem
Também vai versejando na travessia.
Querido José J de Azevedo, grande poeta, grande amigo. Fico muito grata.
ResponderExcluirAbraço comovido